sábado, 31 de dezembro de 2011

ESPERANÇA NO PORVIR


Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” 1 Coríntios 15.19
Geralmente as pessoas fazem planos na “virada” do ano. Traçam metas, planejam o futuro, sonhando com uma vida melhor. Como já dizia a antiga cantiga: “feliz ano novo, muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender”. E você? Quais são seus planos? Com o que você tem sonhado?
Podemos observar que a maioria dos objetivos traçados, por pessoas que vivem em um mundo capitalista, está ligada a bens materiais. A nossa sociedade também é caracterizada pelo individualismo. Homens hedonistas que vêem um futuro melhor na satisfação de seus prazeres, nem que para isso tenham que prejudicar o seu próximo.
Ao escrever aos crentes de Corinto, o apóstolo Paulo os orienta sobre o que é prioritário no futuro. A volta de Jesus Cristo se aproxima e os bens materiais, os prazeres pecaminosos e a morte perecerão. Porém, aqueles que esperam a Sua volta, pela graça do Senhor, desfrutarão da vitória eterna: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” 1Co 15.57.
Se algumas pessoas afirmam que a única certeza é a morte, para nós cristãos a certeza é a vida. Temos que nos alegrar nessa esperança! A volta de Jesus é certa e está muito próxima! será que você está preparado para esse grande e maravilhoso dia?
Meu irmão, ouça você também a exortação do apóstolo Paulo e se prepare: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” 1Co 15.58. Não fique a cada ano novo traçando planos fúteis que não te levarão a nada. Comece desde já a acumular o seu tesouro eterno, que consiste no galardão e na maravilhosa presença de Nosso Senhor Jesus. Independente das provações e das tentações permaneça firme no caminho que conduz a salvação “...Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” João 14.6.  Seja um servo fiel, lembrando que “...no Senhor, o vosso trabalho não é vão” 1Co 15.58. Maranata! Vem Senhor Jesus!

Rev. João Marcus Cabral

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

DUAS VERDADES QUE APRENDEMOS COM MARIA



A figura de Maria está diretamente ligada ao Natal. Aliás, é comum vermos que as pessoas dão mais ênfase a Maria do que a Jesus Cristo. Artigos e filmes a tratam como uma pessoa diferenciada, revestida de divindade e, talvez isso ocorra devido ao texto bíblico que se encontra em Lucas 1.42, onde lemos: “Bendita és tu entre as mulheres...”. Mas, será que Maria se considerava divina?
Quando observamos o texto bíblico encontramos a declaração de fé dessa mulher que é idolatrada por nossa sociedade. Em Lucas 1.46 ela afirma: “A minha alma engrandece ao Senhor”. Notemos que ela reconhece o senhorio de Jesus. Conhecendo as promessas do Senhor, de que viria o Messias, para nos livrar da escravidão do pecado, ela se prostra diante da supremacia do Deus que “é antes de todas as coisas” Colossenses 1.17, em quem “tudo subsiste” Colossenses 1.17. Sabendo que “Tudo foi criado por meio dele e para ele” Colossenses 1.16, Maria adora ao seu Senhor.
Logo depois ela diz: “e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador” Lucas 1.47. Após reconhecer que Jesus é o Senhor de sua vida, ela declara ser Ele o seu Salvador. Entretanto, quem precisa de salvador, senão aquele que está em perigo? Na Bíblia lemos que estávamos todos mortos e Jesus nos deu vida: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” Efésios 2.1, estávamos cheios de pecado: “ Não há justo, nem um sequer” Romanos 3.10, e Cristo morreu na cruz para purificar e salvar sua amada Igreja.
No Natal devemos exaltar a Jesus, nosso Senhor e Salvador. A exemplo de Maria, temos que adorar Aquele que possui a supremacia, e criou todo o universo. Ao lembrarmos que somos pessoas falíveis e pecadoras, contemplemos o Nosso Senhor, cuja vontade é perfeita e nos conduz a uma vida de santidade. Reconheça a soberania do Senhor, sujeite-se ao Seu senhorio e Ele o abençoará. 

Rev. João Marcus.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cuidado Com o Louvor Ególatra


Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.
Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?
Geração vai e geração vem; mas a terra permanece para sempre.”  Eclesiastes  1.2-4

É triste como algumas pessoas pecam ao entoar cânticos na igreja. As musicas cantadas nas mesmas não podem ser antropocêntricas, mas sim Teocêntricas. O culto deve agradar a Deus e não aos homens, as canções devem conter  palavras de exaltação, honra e glória ao Criador do Universo e nós, comunidade adoradora precisamos não apenas cantar    mas ter em mente que todo elogio, admiração, honra e glória devem ser somente a Deus. Esta atitude gera um louvor sincero e agradável ao Senhor da igreja.
Infelizmente o que encontramos são cultos que buscam agradar aos homens. Sem a preocupação de servir a Deus, as musicas que massageiam o ego do homem e as mensagens de auto-ajuda estão cada vez mais presentes em nossas igrejas.
Para piorar a mídia está vendo a música evangélica como fonte de lucros. Porém, as “celebridades” evangélicas foram cegadas pela vaidade. Muitos estão aparecendo em meios midiáticos, que até pouco tempo discriminavam o evangelho.
   Nesse caso a glória não é creditada a quem merece. Ao invés de adorarem ao Senhor, alguns buscam satisfazer o próprio ego. Segue a baixo um vídeo que busca retratar a realidade daqueles que adoram e louvam a si mesmos.


sábado, 5 de novembro de 2011

POR QUE SOFRER?



“Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” Mt 6.32.

Infelizmente a ansiedade tem se tornado algo comum. Constantemente encontramos pessoas ansiosas e  algumas  até procuram tratamento para este mal. Porém, seria a ansiedade algo normal? Tratamentos psiquiátricos, ansiolíticos e terapias são suficientes para resolver esta inquietude que aflige tanta gente? Gostaria de dizer a você caro leitor que a solução para a ansiedade está mais perto do que imaginamos. Tristemente o que vemos a nossa volta são pessoas cegas pela angustia da ansiedade, preocupadas com o futuro e sofrendo com algo que virá ou não acontecer, impedidas de viver o presente. Jesus Cristo  nos orienta ao afirma quer:
“...não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” Mt 6.25-27.
Jesus, em sua infinita sabedoria nos ensina que devemos vencer em nossa vida  uma etapa de  cada vez. Não podemos deixar de cumprirmos nossas responsabilidades de hoje para nos preocuparmos com o amanhã. Ainda no livro de Mateus encontramos a seguinte admoestação: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” Mt 6.34. Logo, devemos viver o dia de hoje, enfrentando os problemas, nos alegrando nos momentos de felicidade, reconhecendo as bênçãos de Deus como o emprego,  família, alimento e saúde. O futuro não pode e não deve nos angustiar e nem tirar nossa paz.
A ansiedade não é normal. Aliás, quem conhece ao Senhor não pode se acomodar em uma vida de ansiedade, pois “os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” Mt 6.32. Nas Palavras de Jesus, “gentio” é aquele que não conhece verdadeiramente a Deus. Mas aquele que O conhece, sabe muito bem em quem deve confiar. Lembre-se “Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará.” Salmo 37.5.
A psiquiatria é uma benção, mas pode nos levar ao comodismo. Essa ajuda por si  só não é suficiente. Muitas pessoas passam a vida inteira tomando remédios e não buscam uma solução eficaz. A ansiedade, muitas vezes, é causada por fatores externos. As pessoas andam preocupadas com emprego, casa, contas, aparência e bens materiais. Outras vezes estão ansiosas porque teme o julgamento da saciedade em decorrência de uma fofoca ou atos realizados no passado. Olhe como a solução está perto! Viva o presente buscando aquilo que agrada a Deus e confiando na sua justiça. Jesus afirma: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mt 6.33.
Se você anda ansioso está na hora de confiar em Deus. Saiba que realmente “todas estas coisas vos serão acrescentadas”,  não se preocupe com o amanhã, Deus já sabe o que ocorrerá e não te desamparará. Viva o hoje e reconheça as bênçãos do Senhor. Não se esqueça: “Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará.” Salmo 37.5. Que o nosso Senhor lhe abençoe e traga paz ao teu coração.

Rev. João Marcus Cabral.

Abaixo segue uma bela canção de Stênio Marcius, que é extremamente confortadora e muito bonita.


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

VOCÊ TEM CUMPRIDO A SUA MISSÃO?



“...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. Atos 1.8

Nós evangelizamos confiados de que a salvação é uma obra exclusiva da Santíssima Trindade, “Ao SENHOR pertence a salvação! ” (Jn 2.9). “Depende de Deus o doador da vida, e não dos que estão espiritualmente mortos, decidir quem deve viver e quem deve permanecer em seus pecados[1]”. Podemos observar que “só através do Espírito podemos nos tornar um com Cristo e pode Cristo viver em nossos corações. Não somos salvos até que sejamos feitos um com Cristo e permanecemos salvos”, graças à misericórdia de Deus.
Vários eruditos defendem que o homem pode optar ou influenciar Deus na Sua obra salvadora. Nós cremos que a obra salvadora depende só de Deus. Podemos notar que “a tendência dos homens incrédulos (e mesmo de alguns cristãos rebeldes contra o ensino da totalidade das Escrituras!) é a de serem independentes de Deus. Esse é o sonho de muitos! Mas Deus corta esse mal pela raiz nas Escrituras. Deus não reparte sua independência com ninguém! Ela é prerrogativa dele somente! Os homens sempre haverão de ser barro nas mãos de Deus, que é o grande oleiro![2]”. Devemos anunciar esse Deus que salva de maneira graciosa.
Mas, o que mais nos alegra é que muitos homens estão ouvindo a voz do Senhor e anunciado a Salvação pela graça em Jesus. Porém, parece que alguns termos da ordenança divina precisam ser mais enfatizados! Quando Cristo nos comissiona a pregarmos o Evangelho ele afirma: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” Mt 28.19, e mais: “...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. Atos 1.8.
 Notem nesses dois textos que o chamado do Senhor é para pregarmos em todas as nações[3]. Já perceberam como sobram pastores nos grandes centros, onde existem grandes universidades e uma bela mordomia cristã? Não vejo erro em morar nas grandes cidades, desde que a ordem do Senhor esteja acima de nossas vãs pretensões, porém já notaram como é difícil encontrarmos servos de Jesus dispostos a pregarem nas regiões mais pobres do interior do nosso país? Ou do mundo?
Irmãos lembrem-se do que dissera o nosso Senhor: “E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. Mt 9.37-38. Se estiver sobrando pregadores em alguns lugares e faltando em outros, algo está errado!
Está na hora de rogarmos ao Senhor da seara e de pormos as mãos no arado! Orem pelo interior do nosso país. Ministros da Palavra de Deus deixem o comodismo, venham cumprir a missão que nos foi confiada. Oremos também para que mais homens se disponham a cumprir as ordens do Senhor, onde há necessidade. E rendemos graças a Deus pelos nossos missionários que estão cumprindo a ordem divina, para a glória de Deus.

Abaixo vou postar uns vídeos sobre alguns lugares que precisam das nossas orações. Que Deus nos abençoe.


[1] Charles Hodge, Teologia Sistemática, São Paulo – SP. Hagnos. 2001. p 738.
[2] Heber Carlos de Campos, A Providência e Sua Realização Histórica, São Paulo – SP. Cultura Cristã. 2001. p 34.
[3] O termo “nações” no grego tem o significado de grupos étnicos, logo devemos evangelizar a todas as etnias.





terça-feira, 1 de novembro de 2011

FIDELIDADE



“... Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” Ap 2.10
Existem duas perguntas importantes quando discutimos sobre o tema “fidelidade”. A primeira é: “O que é fidelidade?”. Se você consultar um dicionário encontrará a seguinte definição: Exatidão em cumprir suas obrigações, em executar suas promessas: jurar fidelidade. Afeição e lealdade constante: fidelidade de um amigo. Obrigação recíproca dos esposos de não cometer adultério. Exatidão, semelhança: fidelidade de uma narração. Lealdade; probidade.” (http://www.dicio.com.br/). Com certeza você gosta de conviver e relacionar-se com pessoas fieis, porém diante da resposta dada a primeira pergunta é necessário fazermos a segunda indagação: “Você é fiel?”.
Saiba que aquele que não é fiel a Deus, não será fiel ao seu próximo. Basta lembrarmos os Dez Mandamentos para compreendermos essa realidade. Os quatro primeiros mandamentos tratam do nosso relacionamento com o Senhor, quem ama a Deus fará de tudo para não descumpri-los, Os outros seis mandamentos se referem ao nosso relacionamento com o próximo, quem ama ao próximo perseverará para cumpri-los. Por isso Cristo os resumiu da seguinte forma, quando lhe perguntaram qual é o grande mandamento: Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento... E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mateus 22.37-39.
Aproveitando a definição dada ao termo “fidelidade” pelo dicionário, tomemos o casamento como exemplo. Se o marido não é fiel a esposa, ele está transgredindo a lei de Deus, logo ele é infiel ao Senhor primeiro e, conseqüentemente, a sua esposa. Quando desprezamos a Palavra de Deus, ou conscientemente distorcemos apenas um dos seus termos, estamos transgredindo toda a lei do Senhor: Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.” Tiago 2.10.
Quando nos afastamos da Palavra de Deus nos tornamos infiéis. Perdemos os princípios éticos e morais cristãos. Aliás, os seus ensinamentos devem ser praticados: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.” Tiago 1.22.
Pensemos da seguinte forma, a Salmo 119.105 afirma: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.”. Logo, vivemos em um mundo de escuridão, quanto mais nos afastamos da luz, mais adentramos nas trevas. Em meio a obscuridade tropeçamos, caímos e nos perdemos. Somente por meio da Palavra de Deus poderemos contemplar a luz de Cristo e encontraremos o caminho que nos conduz a salvação: “ Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14.6.
Houve um período da história em que o homem afastou-se da Palavra de Deus. As trevas predominavam! A falta de moral e de princípios éticos, fez com que o cristianismo se perdesse, mas, Deus em sua infinita sabedoria e misericórdia levantou homens como John Wycliff, John Huss, Martinho Lutero, João Calvino e outros, que se empenharam em trazer a Luz que nos guia pelo vale escuro. Alguns, como John Huss, morreram nas fogueiras da inquisição, mas diante da aparente derrota alcançaram a vitória: “... Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” Ap 2.10.
No dia 31 de outubro comemoramos a Reforma Protestante. Nesse dia lembramos-nos desses homens que foram verdadeiros mártires da Fé, mas, principalmente, nos conscientizamos que a obra deles não foi em vão. Graças ao esforço deles possuímos hoje a Palavra de Deus e podemos seguir o verdadeiro caminho que nos afasta da escuridão.
Vou repetir a pergunta: “Você é fiel?”. Seja como aqueles reformadores! Seja fiel! Viva uma vida de fidelidade ao Senhor, tenha a Palavra de Deus como única regra de Fé e pratica e o Senhor da Igreja lhe abençoará.


Rev. João Marcus Cabral.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A QUEM ESTAIS SERVINDO?



“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.” Mt 6.24.
Certa vez havia um rebanho de ovelhas em um pequeno sitio do interior. As ovelhas viviam uma vida agradável, com bastante pasto, águas frescas e constantemente eram conduzidas às sombras pelo seu pastor.
Próximo ao rebanho havia um constante perigo. Uma matilha cercava a fazenda, esperando um momento de distração do pastor para atacar as suas ovelhas, mas o pastor não descansava e estava sempre atento. Porém, havia entre as ovelhas um cordeirinho que observava constantemente os lobos. Ele achava que a rotina dos lobos era muito mais interessante, cheia de aventuras e apaixonante. Para ele a vida no rebanho tornou-se monótona. Então, deixando de ouvir a voz do pastor, fora atrás da matilha e os lobos o atacaram violentamente.
Essa pequena fabula não nos é estranha. Quantas vezes encontramos pessoas que, fazem parte do rebanho de Jesus Cristo, o fiel e bom Pastor, mas ao mesmo tempo desejam viver uma rotina diferente daquela que nos é exigida pelo Senhor da Igreja?
Ninguém pode servir o Pastor e o lobo ao mesmo tempo. Pois, segundo Jesus Cristo, este “odiará um e amará o outro”. Uma vida de aventuras e emoções, em meio à matilha, implica em ódio ao Senhor que conduz o rebanho.  Observe bem o texto e veja que se alguém procurar dedicar seu tempo para o lobo, conseqüentemente, desprezará o bom pastor.
Em Mateus 6.21 Jesus afirma: “porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Muitas pessoas priorizam a busca da satisfação financeira, mas não percebem que ao serem dominadas pelo dinheiro, essa prioridade se torna uma maldição, satisfazendo o chefe da matilha.
Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro. Sirva a Deus, se dedique e agrade ao fiel e bom pastor, pois só ele poderá lhe resgatar das garras e da voracidade dos lobos. Quanto ao dinheiro, ou qualquer outra coisa que tem deixado o teu coração ansioso, lembre-se das palavras de Jesus: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
Nada fora do aprisco deve nos seduzir! Devemos nos alegrar na vida agradável, com bastante pasto, águas frescas e na certeza de habitarmos com o bom Pastor por toda eternidade (vide Salmo 23). Confie no bom Pastor, alegre-se nEle e Ele o abençoará.

Rev. João Marcus Cabral

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

VOCÊ PRECISA MORRER!!!



É de suma importância afirmar que não desejo a sua morte física e nem estou a fazer apologia ao pecado. O que eu espero é que você morra para as enganosas fontes de alegria.
Para início de conversa, reflita sobre sua vida, sobre o que lhe motiva e o que lhe dá animo e vontade de viver. Espero que você pense e seja verdadeiro e sincero consigo mesmo. Questione-se em relação a sua felicidade, você é uma pessoa feliz? O que lhe tem feito feliz? Seus livros de auto-ajuda? O casamento e a  família dos seus sonhos? A “liberdade” que possui por ser solteiro e as curtições e festas do fim de semana?
Ou ainda quem sabe uma possível realização profissional? Se você respondeu que todas essas coisas lhe preenchem e o fazem feliz, preciso alertá-lo: você precisa morrer!
Não me entenda mal. Eu sei muito bem o que é ter um bom emprego, um casamento feliz e uma família abençoada, porém creio que essas maravilhas não são suficientes para me fazer feliz. Você nesse momento pode estar se perguntando: “o que falta então para que eu seja verdadeiramente feliz?”. Falta você ser sepultado. Acalme-se, vou explicar.
Quando uma pessoa deposita toda a sua esperança de felicidade em pessoas ou coisas, isto é, no casamento, no seu próprio ego, na família ou no trabalho, ela facilmente encontrará frustrações e decepções, pois são como cisternas rotas que não retém águas, águas essas que só Cristo pode oferecer e assim nos dar verdadeira alegria. O apóstolo Paulo quando escreveu a carta aos Romanos mostrou a eles como a morte lhes traria a verdadeira felicidade: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” Romanos 6.4.
Quando professamos, ou seja, quando declaramos a nossa fé em Jesus Cristo e nos tornamos membros de Sua amada Igreja, devemos no batismo sepultar o velho homem, de maneira que, em novidade de vida, possamos afirmar: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” Gálatas 2.20. 
Isso mesmo! Devemos morrer para vivermos! “Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.” Romanos 6.11.
Agora podemos entender que a novidade de vida em Jesus pode nos trazer a verdadeira felicidade.
Imagine o seu casamento firmado nos princípios éticos e morais cristãos, sem a desconfiança e a insegurança. Onde o respeito e a fidelidade imperam, e o perdão está sempre presente. Certa vez alguém me disse: “Quem ama tem ciúme”, que absurdo! Quem ama confia! Você pode sim ser feliz no casamento, mas quando ele é dirigido por Deus.
Ao olhar para a nossa sociedade você fica inseguro com o futuro de seus filhos? A imoralidade nos meios midiáticos o tem preocupado? E o perigo da violência, drogas e etc.? Mais uma vez lhe digo, a verdadeira felicidade está em Cristo! Deposite a sua confiança nos ensinamentos da Palavra de Deus. “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Provérbios 22.6.
Se você não tem encontrado a felicidade e sim a decepção, talvez isso ocorra porque que as suas motivações são erradas. Deixe de buscar a satisfação própria, muitas vezes de maneira pecaminosa, e busque satisfazer Aquele que pode lhe abençoar, juntamente com toda sua família, em novidade de vida. “Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retém as águas” Jr. 2:13
Caso as suas motivações sejam pecaminosas espero que você ouça as Palavras de Jesus, quando nos orienta a confiar em Deus Pai: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6.33, e assim morra para pretensões pecaminosas, vivendo em novidade de vida. 

Rev. João Marcus da Silva Cabral.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O CONSOLO VEM DO SENHOR


“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação” 2 Co 1.3.




A humanidade tem sofrido constantemente ataques de homens maus, que vem ferindo cidadãos de bem. O Massacre ocorrido em uma escola no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, foi a principal notícia da ultima semana em todas as mídias. O que podemos dizer aos pais dessas crianças com o propósito de confortá-los? E aos pais das duas adolescentes que foram covardemente assassinadas na cidade de Cunha – SP? O que falar? Há conforto para eles?

Os atos desses assassinos sem escrúpulos nos deixam perplexos. Esses acontecimentos expõem a simples realidade da nossa sociedade cruel onde, segundo Thomas Hobbes "Homo homini lupus", o homem é o lobo do homem, e também, "Bellum omnium contra omnes", é a guerra de todos contra todos.
Diante desses acontecimentos ficamos assustados! Tais fatos nos fazem  lembrar as palavras de Jesus Cristo ao afirmar: “no mundo, passais por aflições” Jo 16.33. Enquanto encontramos em nossa sociedade falsos mestres, falsos profetas e falsos apóstolos, prometendo uma prosperidade momentânea e baseada em um materialismo fútil, o Senhor da Igreja nos alerta sobre a realidade: “haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que sobrevirão ao mundo...” Lc 21.26
Podemos afirmar que vivemos em tempos difíceis, mas não estamos desamparados. Ao nos refugiarmos em Deus, estamos buscando socorro eterno, e não algo passageiro como o que é prometido por alguns falsos pregadores. Possuímos um Senhor que conhece os nossos sentimentos e fraquezas: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer de nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as cousas, à nossa semelhança, mas sem pecado” Hb 4.15. Logo, o Senhor Jesus  sabe o quão difícil é enfrentar uma realidade como a que temos enfrentado.
Cristo nos mostra que passamos por aflições, mas nos conforta com a promessa de paz: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. Jo 16.33. Em tempos difíceis devemos confiar naquele que nos dá a vitória eterna.
O que podemos dizer a esses pais, que estão sofrendo nesse momento de imensa dor, pela perda de seus filhos amados, é que busquem verdadeiramente ao “...Deus de toda consolação!” 2 Co 1.3. Se nesses momentos vocês tem padecido pelos atos maus de homens sem escrúpulos, busquem a paz daquele que pode todas as coisas.
A minha oração em favor de vocês é essa: “A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação” 2 Co 1.7.
Que o nosso Senhor e consolador vos abençoe.

Rev. João Marcus Cabral

sábado, 26 de março de 2011

NÃO DEVEMOS TEMER

“Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus”. Salmo 20.7.



Algumas pessoas vivem oprimidas por uma religião do medo. Temem maldições, mal olhado, mandinga, maledicências (fofocas) e etc. Mas, será correto uma pessoa que crê no Senhor da Igreja ter medo dessas coisas?
Quando estudamos a Palavra de Deus aprendemos que não existe outro Deus. O nosso Senhor é único e pode todas as coisas. Aprendemos também que a Sua Palavra tem poder, e que tudo se formou através dela.
E a nossa palavra? Tem poder? Não somos deuses! A nossa palavra não tem poder! Somos seres limitados e pecadores, a nossa palavra não passa de mera especulação e não pode ser considerada como verdade.
As maldições, mal olhado, mandinga e maledicências não devem nos causar medo. Enquanto aqueles que não conhecem o Nosso Deus confiam em suas próprias palavras, nós nos alegramos em nosso Senhor que já nos deu a vitória. Não devemos temer o mal! “...maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” 1Jo 4.4.
Confie no Senhor e se glorie na vitória de Nosso Deus. E Ele lhe abençoará.

Rev. João Marcus Cabral

sexta-feira, 4 de março de 2011

O AMOR AO MUNDO E O AMOR AO PAI SÃO DUAS COISAS INCOMPATÍVEIS

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro” (Mt 6.41).


Andrew Kevin Walker certa vez afirmou que “Quando você dança com o diabo, você não muda o diabo, o diabo muda você”. A convivência com a prática do pecado gera a morte e cremos que fomos chamados pelo Nosso Senhor para a vida. Logo, não podemos amar e nem praticar as obras que geram morte. Mas, como devemos fugir do pecado?
Nós cristãos já fomos libertados, pelo Senhor Jesus Cristo, da escravidão do pecado. O apóstolo Paulo em sua carta aos romanos escreveu que: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” .Rm 8.1. Porem, como podemos afirmar que estamos livres no Senhor se praticarmos obras de condenados? Como servir ao Senhor e dançar com o diabo ao mesmo tempo? Será que podemos servir ao Senhor com fidelidade sem deixar de amar o mundo? Que mal há em conviver com o pecado freqüentando bailes pagãos e pulando carnaval?
Encontramos as respostas para tais questões na Palavra de Deus. O apóstolo Tiago nos diz: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” Tg 4.7.
Primeiramente devemos nos sujeitar a Deus. Quando buscamos ao Senhor com fidelidade, dando ouvidos aos seus mandamentos, Ele nos abençoa. Lembre-se das palavras do salmista: “Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade” Sl 84.10. Devemos ter prazer em permanecer na casa do Senhor!
Em segundo lugar devemos resistir ao diabo. Não podemos ficar convivendo com a prática do pecado! O pecado não agrada a Deus e logo não é para nós. Se deixarmos de servir a Deus estamos debaixo da tutela de outro “senhor”. O prazer nas coisas dessa presente era não nos trará a verdadeira satisfação: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” 1Jo 2.15-17.
Deixe as obras desse mundo maligno de lado e demonstre o verdadeiro amor ao Senhor e ele lhe abençoará!
                         
 Rev. João Marcus Cabral

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

NÃO GUARDE O QUE É LIXO



Recentemente, vi em um tele jornal a matéria sobre uma senhora que gostava de guardar lixo em sua casa. Os vizinhos começaram a reclamar porque aquela imundícia os incomodava por diversos fatores.
Uma das conseqüências graves era o mau cheiro. As pessoas que viviam próximas da casa daquela mulher relataram que o odor putrefato do lixo atrapalhava as suas famílias, pois nem mesmo se reuniam para as refeições.
Outra conseqüência em decorrência dos dejetos eram as visitas indesejadas. Começaram a surgir moscas, ratos, baratas, o tão temido aedes aegypti e outros animais que proliferam doenças.
Não podemos nos esquecer dos cães e gatos que além de pulgas, carrapatos e fezes, trazem consigo a poluição sonora em sua “disputa cotidiana por território”. Em conseqüência disso, onde havia paz e silêncio, tornou-se um campo de batalhas e de imenso barulho.
Será que você tem agido como esta senhora? Quando você acumula pecados a sua vida se torna como uma casa cheia de lixo, fica podre e começa a incomodar os que estão a sua volta, o pecado trás doenças para a alma e, conseqüentemente, para o corpo. O pecado transforma paz em conflito, mentiras em “verdades”, amizades em inimizades e amor em ódio.
Procure lavar-se do pecado, como nos instrui a Palavra de Deus: Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o malIsaías 1.16.
Se você vive na pratica do pecado arrependa-se e tenha a sua vida como uma casa limpa e bem organizada, que está edificada sobre a Rocha que é Jesus Cristo. Assim quando vier a tempestade nada irá abalar a sua vida. Que Deus lhe abençoe.

Rev. João Marcus Cabral

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

QUAL É A TUA MOTIVAÇÃO?




“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Cl 3.17.
Quando portugueses e espanhóis descobriam e começavam explorar o chamado “Novo Mundo”, a Europa sofria um forte choque cultural em decorrência da Reforma Protestante e da Contra-Reforma. É bom destacarmos que Portugal e Espanha eram países extremamente católicos. Logo, além da exploração colonial as “grandes navegações” foram justificadas pela propagação da fé católica.
A catequização dos nativos latinos americanos foi na verdade um processo de aculturação dos povos ameríndios. Como os indígenas não se adaptaram a escravidão os colonos foram buscar escravos na África, que além de sofrerem com o trabalho escravo e castigos físicos, deveriam assimilar aspectos culturais dos colonos, inclusive religiosos.
Para os portugueses a catequização foi uma desculpa para exploração colonial. Para ameríndios e africanos, a principio, a religião dos europeus era algo estranho, mas com o passar do tempo se tornou alvo da fé e esperança de libertação.
Não podemos pregar o Evangelho com a motivação errada. Anunciamos a Verdade para que Deus seja glorificado. Quando a nossa motivação é vaidade, financeira ou qualquer atitude que não seja a glória do nosso Senhor, tal pratica se torna pecaminosa.
Não cometa os mesmos erros que cometeram as missões no Brasil colonial. Deixe os falsos interesses de lado e pregue a Palavra de Deus, para que mais pessoas o conheçam e busquem a sua verdade. Se assim procedermos, o Nosso Senhor será glorificado. Que Deus nos abençõe.                                             
Rev. João Marcus

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

FORÇA NAS TRIBULAÇÕES

“Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. 2 Co 12.10


Enfrentamos, constantemente, todos os tipos de dificuldades. Ao passarmos por tribulações o desânimo é eminente. Será que você nunca deixou de lado um sonho ou seu objetivo por desânimo? Alguns desistem de seu curso na faculdade, do trabalho e até da própria vida! Na Igreja não é diferente. Não é raro vermos cristãos desistindo do convívio com os irmãos diante do primeiro obstáculo.
É no momento de fraquezas que devemos ser fortes! Um exemplo de perseverança, que nos enche de esperança, é o do cego de Jericó, que clamava por Jesus, quanto mais a multidão o tentava impedi-lo, de chegar a Cristo, mais ele clamava e apesar das suas limitações, ele não desistiu.
Uma mensagem que nos conforta está na carta de Jesus enviada a Igreja na Filadélfia, "... tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome" (Ap 3.8). Mesmo diante da perseguição e de uma cidade entregue ao paganismo, nossos fracos irmãos se tornaram fortes no Senhor. O apóstolo Paulo possuía essa certeza e nos ensina que: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Co 12.10), e ainda "tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.13).
Quando vem uma grande tempestade, com fortes ventos, capaz de varrer tudo que estiver em sua frente, o melhor a fazer é buscar um abrigo próprio. Nossa vida é assim! quando fortes ventos de tribulação nos açoitam, devemos nos refugiar no Abrigo que dá forças para vencermos. Lembremos das palavras do poeta:
“Rochedo forte é o Senhor,
Refúgio na tribulação!
Constante e firme amparador,
Refúgio na tribulação!

Oh! Cristo é nosso abrigo no temporal,
Na tentação, em todo o mal!
Sim, Cristo é nosso abrigo
No temporal,refúgio na tribulação!”[1]
Não desanime! Os obstáculos da vida não devem te vencer, mas fortalecer a tua fé. Busque o auxílio de quem você pode confiar: "Confia ao SENHOR as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos" (Pv 16.3). Que Deus lhe abençõe.


Rev. João Marcus Cabral


[1] J. G. Rocha. “Abrigo no Temporal”,  in: Hinário Novo Cântico. Hino 137.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O SENHOR É O MEU PASTOR


              
          Muitos cristãos decoram trechos da Bíblia. Talvez o texto mais conhecido é o Salmo 23. Gostaria de convidar você, meu querido leitor, para juntos analisarmos a mensagem de Deus através deste Salmo.
           Neste Salmo Davi demonstra ao seu povo como confiar no Senhor. A confiança de Davi não foi vã. Podemos notar isso na sua história, ele foi um rei vitorioso porque o Senhor lhe deu vitória por onde quer que ele fosse (2 Sm 8.14). como rei vitorioso, ele foi um bom pastor para o povo de Deus. Davi, como governador, é descrito como tendo feito o que era justo e direito para todo o seu povo. Ele conhecia a vontade revelada de Deus, dada através de Moisés e os profetas Samuel, Gade e Natã. Ele reinou de acordo com a vontade de Deus. Provou que amava a lei de Deus (Sl 19.7-11). E aplicou a lei; ao fazer isso, seu reinado foi apropriadamente citado como justo (2 Sm 8.15). O povo foi abençoado, pois tinha um rei que vivia e reinava em comunhão com Deus e submisso à sua vontade. Não podemos nos esquecer que Davi pecou mas, Deus revelou que a sua graça era abundante. Davi foi perdoado; ele foi abençoado e regozijou-se no amor infalível do Senhor (Sl 32.1, 2, 10, 11).
A própria história de Davi reforçava a mensagem do salmo 23, para o povo hebreu.  Davi, como mediador pactual real, deveria confiar em Deus, e transmitir essa confiança através de seus salmos. Essa breve recapitulação da vida de Davi nos ajuda a compreender melhor o texto.
Essa importância é um reflexo por Davi ser um mediador pactual real, que recebeu a garantia da continuidade da dinastia, não era um marido e pai obediente. Ele não cumpriu a vontade de Deus com respeito à educação de seus filhos (Gn 18.19, 20; Dt 6.4-9; Sl 78.1-8). Assim como Samuel havia falhado, Davi também falhou.
Mas, os propósitos de Yahweh não seriam frustrados. Davi falhou; a semente de Davi cometeu adultério assim como Davi havia cometido, e a semente derramou sangue de seus irmãos. Satanás tirou vantagem de cada oportunidade, mas Yahweh prevaleceu. Seus propósitos continuaram firmes. Vemos na vida de Davi e na vida do povo da aliança os cuidados de Yahweh.
O termo Yahweh não deveria ser traduzido para o português. O termo “Senhor” não expressa bem o significado de Yahweh no salmo 23. Yahweh nos mostra Deus como uma Pessoa, e assim o leva a ter relação com outras personalidades humanas. Esse nome traz Deus bem perto do homem, pois Ele se refere aos patriarcas como um amigo se refere a outro. Peter C. Craigie nos mostra que nos “quatro primeiros versos contém a extensa metáfora: Deus é o Pastor[1]”. O ponto principal dessa metáfora é expresso na relação da proteção e provisão de Yahweh para Davi e seu povo.
Deus, o nosso pai, cuida de cada um de nós como se fossemos o único que Ele teria para cuidar; Ele cuida “pessoalmente” de nós. As nossas orações são o testemunho desta certeza. O Deus que preservou a vida de Elias, enviando os corvos para lhe levarem alimento (1 Rs 17.1-6), é o mesmo que é nosso Pai onisciente e providente. Portanto, podemos fazer eco ao testemunho de fé e vida de Davi: “O senhor, tenho-o sempre à minha presença; estando Ele a minha direita não serei abalado” (Sl 16.8).
          Davi, que excedia tanto em poder quanto em riquezas, não obstante confessa francamente não passar de uma pobre ovelha, com intuito de fazer de Deus o seu pastor. 
No salmo 23 o salmista mostra o cuidado de Yahweh pelo seu povo. Além da metáfora do pastor, Davi mostra que Yahweh cuida amorosamente de seu povo, através das metáforas Ele me fará Repousar..., me levará..., ele me refrigerará... e Ele me guiará. Notemos que nos versos 2 e 3 o salmista demonstra que Yahweh dá o melhor  para o seu povo.
Sob a similitude de um pastor, ele enaltece o cuidado com que Deus, em sua providência, havia exercido para com ele. Sua linguagem implica que Deus não tinha menos cuidado para com ele do que um pastor tinha para com as ovelhas que eram postas em sua responsabilidade.
Um pastor humano pode, de quando em quando, mostrar-se descuidado ou ineficiente, mas isso não ocorre com Yahweh. Deus na Escritura, freqüentemente toma sobre si o nome e assume o caráter de um pastor, e isso de forma alguma é o emblema de um frágil amor por nós. Derek Kidner salienta que “o pastor, ao contrário, vive com seu rebanho, sendo tudo para ele: guia, médico e protetor[2]”.
         Apos Davi afirmar que Yahweh o pastoreia, demonstrando o seu cuidado, Davi afirma: “de nada sentirei falta”. Esta frase demonstra a confiança na providência de Deus. Ele relata quão ricamente Deus o proverá em todas as suas necessidades, e faz isso sem apartar-se da comparação que empregara no início.
 Em tudo vemos o cuidado e a providência de Deus para o povo da Aliança. E aqui não é diferente. Deus pastoreia o seu rebanho através da Sua divina providência.
Outro aspecto importante do texto está no verso 3 “por amor do seu nome”. Esta sentença demonstra que tudo que Deus faz por nós Ele o faz por amor ao seu nome, para cumprir a Sua Palavra. Esta verdade é confirmada no Salmo 89.34 “Não violarei a minha aliança, nem modificarei o que os meus lábios proferiam”. Yahweh nos sustenta e nos guia cumprindo assim a Sua Aliança. Deus é fiel em cumprir a aliança que fizera com o seu povo. “Achei Davi meu servo; com o meu santo óleo o ungi.... a minha aliança com ele será firme e conservarei para sempre a sua descendência e o seu trono, como os dias do céu” ( Sl 89. 20-29, 34-37; II Sm 7.8-16; Is 9.7).
Com Davi Yahweh institucionalizou a monarquia na Aliança, e a respectiva dinastia. Com Davi completou-se e se consolidou a posse de Canaã pelo povo da Aliança. Ao morrer Davi não lembra suas vitórias, seu prestigio, sua riqueza, a herança que deixa: ele lembra as promessas de Yahweh e o esplendor que está para vir. Promessas essas cumpridas “por amor do seu nome”.
          Outra questão muito importante está no verso quatro, o “vale da sombra da morte”. Usa-se figuradamente a palavra “vale” para designar um obstáculo que tem de ser transposto (Is 40.4) e um sério perigo que alguém pode experimentar (Sl 23.4). Alguns estudiosos defendem que os vales que são citados no verso quatro eram vales escuros, as montanhas não deixavam que a luz do sol iluminasse o vale, este vale se tornava perigoso e era necessário que o pastor acompanhasse de perto o seu rebanho para livra-lo do perigo escondido na escuridão. “Sombra” - Em hebraico essa é a palavra mais forte para trevas. Uma vez que o ser humano utiliza as trevas como recurso para realizar seus feitos lastimáveis, o terror associado às trevas espessas se torna sua experiência matutina (Jó 24.16). Não existe, porém, lugar suficientemente escuro que possa ocultá-lo dos olhos de Deus (Jó 34.22). Ademais, as trevas profundas jamais ameaçam a Deus; elas não o aterrorizam. Não importa quão escuro seja um lugar, pois Deus conduzirá o seu povo por esse lugar de modo que este povo não temerá mal algum e será confortado pela vara e o cajado de Deus.
         Os verdadeiros crentes, ainda que habitem seguros sob a proteção de Deus, estão, não obstante, expostos a muitos perigos, ou, melhor, são passiveis de todo gênero de aflições que sobrevêm à humanidade em comum, para que eles possam melhor sentir o quanto necessitam da proteção divina.
João Calvino, em seu livro “A Verdadeira Vida Cristã”, afirma que “se considerarmos a enorme quantidade de acidentes aos quais estamos sujeitos, veremos o quão necessário é exercitarmos nossa mente desta maneira. Enfermidades de todos os tipos tocam nossos débeis corpos, uma atrás da outra: ou a pestilência nos enclausura, ou os desastres da guerra nos atormentam. Em outra ocasião, as geadas e os granizos destroem nossas colheitas, e ainda somos ameaçados pela escassez e a pobreza, em vista destes acontecimentos, as pessoas maldizem suas vidas, e até o dia em que nasceram; culpam o sol e às estrelas, e ainda censuram e blasfemam a Deus, como se Ele fora cruel e injusto[3]”. Em meio às dificuldades da vida só em Yahweh encontraremos confiança.
          Somente Yahweh pode guiar o homem através da morte. Davi ora e declara que enquanto estiver exposto a algum perigo, contará com suficiente defesa e proteção, estando sob o cuidado pastoral de Deus. 
          O que vemos no verso cinco é que há neste mundo, inimigos ao redor do povo da aliança, tanto humanos como demoníacos, mas Yahweh supre todas as nossas necessidades “bem na presença de nossos adversários”.   A mesa representa um costume da época, a celebração da vitória, e esta seria perante os seus inimigos. O salmista mais uma vez declara a sua confiança em Yahweh. Quanto ao óleo era usado nas mais magnificentes festas, e ninguém imaginava ter honrosamente recebido seus convidados se não os perfumasse imediatamente. Mas tanto o óleo como o transbordar do cálice, devem ser explicados como que denotando a abundância que vai além do suprimento das necessidades da vida.
          O sexto e ultimo verso do salmo 23, nos mostra a visão escatológica de Davi. Uma visão de confiança.   A misericórdia de Yahweh esta diretamente relacionada com a fidelidade e as obrigações da aliança explícitas ou implícitas. De fato, há um relacionamento presente (o amor quase torna necessária a relação sujeito-objeto), mas a misericórdia é gratuitamente concedida. A casa de Yahweh era a mais importante em Israel, naturalmente, era a casa do Senhor, primeiramente mencionada na literatura extra bíblica na óstraca de Arade. Pelo fato de o Senhor estar singularmente presente aqui, o salmista celebrava Sião e ansiava para aparecer diante dele em adoração. Neste texto ela representa a casa de Yahweh, não tem outro sentido.
         Davi demonstra confiança na aliança de Yahweh, crendo que as promessas de Yahweh são eternas. Sobre esta certeza Boanerges Ribeiro escreve que Davi “morreu sem queixas, abraçado à promessa divina de que um rei de sua linhagem viria realizar todas as promessas da Aliança do Senhor[4]”. Esse salmo nos ensina a confiar eternamente no cuidado de Deus pelo Seu povo.
            O Salmo 23 nos conforta em tempos de crise. Devemos confiar em Deus, tendo em nossas mentes que Ele é o nosso Pastor. Que você, caro leitor, possa confiar em Deus como o Rei Davi confiou, e que Deus lhe abençoe.

Pastor João Marcus Cabral

[1] Peter C. Craigie, Word Biblical, Word Books, Texas, 1983. pg . 205.
[2] Derek Kidner, Salmos 1-72 Introdução e Comentário, Vida Nova, São Paulo, 1992. pg . 128.
[3] João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, Novo Século, São Paulo, 2000.
[4] Boanerges Ribeiro, Aliança da Graça, Associação Evangélica Reformada Presbiteriana, São Paulo, 2001. pg 81.

domingo, 23 de janeiro de 2011

“POSSO DUVIDAR?”

Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil?.  Gn 18.14

      Temos observado que o homem tem buscado respostas racionais para algumas ações sobrenaturais de Deus. O problema é que o modo como Deus age é incompreensível para a razão humana. A resposta para a nossas duvidas está na fé, simplesmente no cremos na Palavra de Deus.
      Um exemplo claro do que estamos falando é a criação do mundo. A Bíblia relata que o mundo foi criado por Deus em sete dias, mas o homem, não contente com esse relato, busca uma resposta racional para explicar a origem de todas as coisas. O que vemos então são teorias que atacam a fé cristã. Segundo o autor da Epistola aos Hebreus “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” Hb 11.3. Nós, pela fé, cremos na Palavra de Deus, logo não precisamos de provas racionais para crer que o mundo foi criado por Deus.
     Será que você em algum momento duvidou da Bíblia? Será que você já desejou ter respostas racionais? Alguns crentes crêem mais na razão humana do que na Bíblia. Já ovimos irmãos nossos rirem quando um pastor afirmou que Deus criou o mundo em sete dias. Será que você nunca riu?
     Quando Abraão tinha cem anos e Sara, sua esposa, noventa anos, Deus lhes prometeu um filho. Ao ouvir a promessa de Deus Abraão riu: “Então, se prostrou Abraão, rosto em terra, e se riu, e disse consigo: A um homem de cem anos há de nascer um filho? Dará à luz Sara com seus noventa anos?” Gênesis 17.17. Mais tarde o Senhor repetiu a promessa, ao ouvi-la Sara riu: “Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?” Gênesis 18.12. Eles riram porque duvidaram da promessa de Deus. É impossível um homem de cem anos ter um filho com uma mulher de noventa anos. Como explicar, de maneira racional, tal fenômeno? Pode o homem compreender esse milagre? Quando Abraão e Sara duvidaram da promessa de Deus, o Senhor lhes questionou: “Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil?”.
       Ao lermos a Palavra de Deus chegamos a uma certeza em nossa vida, nada é difícil ou impossível para Deus, “para Deus tudo é possível” Mt 19.26. Cremos que o Senhor criou todas as coisas pela fé, pois Ele não é um ser limitado como o homem, mas um Ser ilimitado em poder e glória.
      Pela fé cremos que o Nosso Deus enviou uma criança que nos foi verdadeiro motivo de riso. O Senhor cumpriu a promessa ao enviar Jesus Cristo para nos libertar da escravidão do pecado. Assim como o nascimento de Isaque, filho de Sara e Abraão, trouxe paz, conforto, alegria a eles: “E disse Sara: Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo” Gênesis 21.6, assim o nascimento e a Obra de Cristo deve ser motivo de júbilo a todos aqueles que crêem, pela fé, que Jesus é seu suficiente salvador.
      Não duvide! Confie nas promessas do Senhor, pois Ele é fiel. Creia que Jesus Cristo é a verdadeira fonte de alegria para você e para a tua família e que Deus lhes abençoe.      
Rev. João Marcus Cabral.